quarta-feira, 9 de abril de 2014

Um barco pequenino
Que caiba meus medos,
Um barqueiro desconhecido 
Que os carregue além mar!

E nas ondas da solidão
Mergulho e anseio
pelo momento perfeito
de deslizar sem receio!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Admito!


Tenho mágoa!
Dói admitir,
Mas me confundo em mágoas.
Choro porque simplesmente estou magoada,
Estou largada e incrédula!
Sou forte e bela?
Seca, insegura,
Sou folha solta
Sem destino,
Menina e doçura.
Sou pura mágoa.
Indecisão, incrédula!
Tenho mágoa! 


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Segundo apertado.
Espaço aberto
Braço estendido
Boca seca e esperta
Espera o beijo.

O beijo não veio,
Não veio o sorriso,
Não veio a esperança,
Muito menos o desejo.

Veio o nojo,
Veio a ânsia,
Veio a raiva e o susto.
Também veio a lembrança
Dos tempos passados juntos.

Arrependimento,
Dores,
Visões dum passado febril.
Veio o certo e o errado
Na maleta do mês de abril!

Tem momentos que nem as estrelas atendem,
Nem os corações compreendem
O mais fundo dos desejos.

Coração, não quero que me entendas mal,
Mas estou seguindo a razão,
Que tem no momento maior força
Perante os momentos infames,
As noites insones e os desejos perenes.

Perdão, por não compreender teus anseios,
Não seguir teus desejos
E deixar de lado tua lição.
Mas é que me sinto perdida
Nos cantos escuros da sala deserta
Da casa abandonada do meu pobre coração.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012


Por detrás dos castelos de areia,
escondida, a princesa chora.
Nas masmorras de seu coração,
sozinho, um dragão se redimi.
Na torre mais alta do seu pensamento,
triste, a donzela morre aos poucos.

Morremos todos, morremos tristes,
entorpecidos pela miséria.
Salvaremos a princesa, mataremos o dragão.
Plantaremos o engano.
Thais P. R. (19 de maior de 2007)